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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Bom futebol de Renato Augusto faz Corinthians ganhar mais um titular, diz Mano

Meia entrou no lugar do suspenso Jadson no clássico contra o Palmeiras e teve bom papel na vitória por 2 a 0 no Itaquerão Renato Augusto substituiu o suspenso Jadson na vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o Palmeiras e ficou satisfeito com o próprio desempenho. É quase certo que o meia retornará ao banco de reservas na próxima partida, mas ele comemorou ter voltado a ser uma opção legítima para Mano Menezes. Confira a tabela completa, classificação, artilharia e notícias do Campeonato Brasileiro "Acho que fui muito tem. Fazia tempo que eu não participava de um jogo inteiro e eu me senti bem. O Mano sabe que, quando ele precisar, vou estar bem. Se ele achar que devo jogar, vou jogar. Se não, vou continuar trabalhando e respeitando os companheiros que estão em campo", afirmou. Guerrero comemora o gol do Corinthians, o primeiro na história do Dérbi no Itaquerão. Foto: MARCELO FERRELLI/Gazeta Press1/11 O carioca tem os recorrentes problemas físicos como grande obstáculo. Foram várias as contusões desde sua chegada ao clube do Parque São Jorge, no início do ano passado, algo que espera ter deixado para trás. O atleta de 26 anos procura demonstrar confiança nas próprias condições. "Estou muito bem, muito bem. Talvez, de um ano para cá, desde a Libertadores do ano passado, seja o meu melhor momento", comentou, minimizando a disputa pela posição com Jadson. "Eu posso jogar junto com ele. Hoje, brigo muito mais com meu corpo. Sei que vou ajudar bastante se estiver bem. "Mano, que já vinha valorizando o jogador por suas entradas no final das partidas anteriores, voltou a fazer elogios pela atuação contra o Palmeiras. O desempenho do meia é um dos motivos pelo otimismo que o treinador vem exibindo na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. "Ganhamos mais um titular. Recuperamos mais um titular. Você não pode ganhar um campeonato de pontos corridos com poucos titulares. Tem que ter mais, tem que ter segurança de colocar os atletas em jogos como esse contra o Palmeiras e a equipe não sentir", disse o gaúcho. O que o comandante espera é justamente uma produção consistente dos jogadores que não estão sendo escalados com frequência, como Renato Augusto. Ele não ficará chateado caso o desempenho do meia lhe crie dúvidas: "Se ele me causar algum tipo de dor de cabeça, será o tipo de dor de cabeça que quero ter".

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Estudo aponta Corinthians como clube mais transparente do Brasil

Relatório da Pluri Consultoria aponta evolução de clubes brasileiros e diz que transparência financeira é fundamental para atrair investidores e patrocinadores



Mauro Horita/Agência Corinthians
Mario Gobbi, presidente do Corinthians, e o antecessor Andrés Sanchez: clube transparente
Pelo segundo ano consecutivo, o Corinthians foi avaliado como o clube mais transparente do Brasil. No estudo da Pluri Consultoria, a equipe paulista foi a única a atingir o conceito “bom”, com nível de transparência de 58,4%. Vitória, Santos e Fluminense aparecem na sequência, todos com índice abaixo dos 50%. Ceará, Fortaleza, Remo e Vila Nova foram os clubes com pior avaliação.

No estudo, a Pluri avalia a relação dos clubes com torcedores e mídia no que diz respeito a finanças. Para chegar ao resultado, são levados em conta 31 fatores, com destaque para publicação de balanços financeiros anuais, publicação do orçamento do ano vigente e divulgação do estatuto do clube.

De acordo com os consultores da Pluri, a transparência financeira tem efeitos práticos. “Quanto maior for a credibilidade da instituição, melhor será seu poder de atração e barganha junto aos melhores investidores e patrocinadores”, diz o relato. “Outras entidades têm postura no estilo ‘caixa-preta’, o que reduz o grau de credibilidade no mercado e afasta potenciais parceiros”.

O estudo aponta uma evolução “lenta e gradual” no nível de transparência no futebol brasileiro. O melhor exemplo é o Guarani, que foi do 28º para o 5º lugar. “A política de divulgação inclui a publicação de resultados trimestrais e anuais, e reuniões do Conselho Deliberativo e da Assembléia de Sócios, com divulgação das respectivas atas de reuniões”, diz o clube campineiro.
O Goiás, que passou da 24ª para a 11ª posição, é outro destaque. “Divulga um dos balanços mais detalhados entre os clubes brasileiros”, diz o relatório, que também elogia o Vitória: “É o único a disponibilizar, na internet, o seu planejamento estratégico”. A equipe baiana, vice-líder do ranking, estava em 12º lugar no ano passado.
Veja a posição e o índice de transparência das 34 equipes avaliadas:
1º - Corinthians (58,4%) 
2º - Vitória (48,8%) 
3º - Santos (46,7%) 
4º - Fluminense (45%) 
5º - Guarani (42,6%) 
6º - Atlético-PR (40,9%) 
7º - Avaí (38,1%) 
8º - Palmeiras (36,4%) 
9º - Coritiba (35,1%) 
10º - Joinville (31,3%) 
11º - Flamengo (30,2%) 
12º - Goiás (30,2%) 
13º - São Paulo (28,2%) 
14º - Paraná Clube (27,1%) 
15º - Vasco (26,8%) 
16º - Grêmio (25,9%) 
17º - Internacional (25,9%) 
18º - Bahia (24,1%) 
19º - Criciúma (24,1%) 
20º - Cruzeiro (23,7%) 
21º - Portuguesa (23,2%) 
22º - Sport (22%) 
23º - Botafogo (21%) 
24º - Atlético-MG (20,1%) 
25º - Santa Cruz (15,5%) 
26º - Figueirense (15,3%) 
27º - Ponte Preta (14,4%) 
28º - Náutico (12,7%) 
29º - Paysandu (8,6%) 
30º - Atlético-GO (6,9%) 
31º - Ceará (0%) 
32º - Fortaleza (0%) 
33º - Remo (-3,4%) 
34º - Vila Nova (-3,4%)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Corinthians diversifica receita e deve faturar R$ 400 milhões em 2013

Com orçamento de R$ 233 milhões e faturamento crescente, Timão se posiciona como um dos clubes com maior potencial de crescimento nos próximos anos, segundo consultoria


O desempenho dentro de campo pode até não ser dos melhores atualmente, mas fora das quatro linhas, mais especificamente na área de marketing, o  Corinthians  tem conseguido manter uma regularidade que deve levar o clube paulista a fechar 2013 com um faturamento de R$ 400 milhões. Além da bolada que o clube paulista de futebol recebe de emissoras de televisão para a transmissão de seus jogos, o time tem investido pesado em outras formas de rentabilizar (ainda mais) o negócio.

Gazeta Press
30 milhões de torcedores fazem dos negócios do Corinhtians, que faturou R$ 233 milhões em 2012


“Estão caminhando para um modelo mais sustentável”, explica Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, especializada no mercado esportivo. Daí a força dos sócios-torcedores e a larga opção de produtos licenciados, lojas franqueadas, além dos eventos promovidos pelos times, em especial, pelo Corinthians. “O clube tem feito um trabalho muito eficiente nesse sentido de ampliar as fontes de renda”, diz Ferreira. Em 2007, os atletas era 57% da fonte de receita do time – hoje respondem por apenas 9%.
Dos R$ 359 milhões que o time faturou no ano passado, 43% vieram da televisão – fatia muito maior que os 17% em 2007. “A maior torcida é a que recebe mais da Globo”, lembra Ferreira, que ressalta que até 2015 o Timão deverá embolsar R$ 115 milhões anuais pelas transmissões de jogos. Em 2016, esse valor passará para R$ 170 milhões.
Mas a receita por outros meios é crescente, especialmente na parte de marketing, licenciamentos e patrocínio. Hoje, elas somam 28% do faturamento do time – totalizando R$ 102 milhões, quase quatro vezes mais que em 2007. O Natal da Fiel Torcida, previsto para acontecer em dezembro, em São Paulo, é um dos exemplos de licenciamento. "Precisamos bolar um novo tipo de contrato para atender ao uso da marca do Corinthians em uma feira", afirma Marco Antonio Mastrandonakis, dono da Mastran, empresa que produz o feirão. O valor do contrato é mantido sob sigilo.
O prognóstico para o bolso do time não podia ser mais positivo. O contrato de patrocínio fechado com a Caixa , de R$ 30 milhões, está entre as maiores cotas de marketing da história do mercado. Além disso, a parceria com a Nike foi renovada – os valores não são públicos, mas rumores falam em algo em torno dos R$ 30 milhões.
A venda do volante Paulinho ao Tottenham, por R$ 59 milhões, em junho, também deve compor o resultado de 2013 – que deverá ultrapassar, com folga, os R$ 400 milhões, na avaliação de Ferreira.

Os milhões do Timão

Confira as principais fontes de receita do Corinthians em 2012.
Fonte: Pluri Consultoria
Itaquerão e os souvenirs
Para Ferreira, o Itaquerão é a principal força do Corinthians, que o torna praticamente imbatível nos próximos anos – no que tange os negócios da empresa. Com a inauguração do estádio, os negócios do time devem crescer substancialmente. Não só pelas novas possibilidades de patrocínio, eventos e anúncios no estádio, mas também pela possível loja de produtos licenciados a ser instalada no local. 
Ferreira explica que a rede de franquias Poderoso Timão é a maior do mundo em sua categoria, com 140 lojas, superando em tamanho marcas como Real Madrid e Barcelona. A rede Poderoso Timão fatura sozinha R$ 200 milhões por ano. 


Esquema diversificado
Essa não é a primeira vez que os clubes – principalmente o Corinthians – entram nesse movimento de ampliar as modalidades de negócios. Segundo levantamento da Pluri Consultoria, em 2007, 38% das receitas vinha da venda de atletas – em 2012, essa fatia era de 15%. “Ao se desfazer de jogadores para financiar o time, as categorias de base e os investimentos, os clubes acabavam prejudicando seus resultados e entravam em um ciclo nocivo de derrotas e perda de patrocínio”, lembra Ferreira.
A tendência é que essa parcela vinda da negociação dos jogadores continue encolhendo. Desde 2007, a receita dos times tem vindo majoritariamente das emissoras, que compram os direitos de transmissão dos jogos. A televisão passou a compor 38% do faturamento dos clubes.
Para Pedro Daniel, consultor sênior da área de Esporte Total da consultoria BDO, essa dependência da televisão é nociva ao time. “O clube é uma empresa de entretenimento e, em épocas de redução do investimento, as transferências de investimentos, bilheteria e os sócios torcedores passam a ser mais relevantes”, afirma.
Mesmo com a desaceleração na economia, o consultor da BDO explica que o futebol ainda não foi penalizado – não só pela paixão nacional, mas por que as cotas de emissoras de televisão nunca foram tão altas. “Para o próximo ano o aumento não deve ser tão grande.”

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Em “ensaio” para Copa do Brasil, Grêmio e Corinthians se encaram na Arena

Paulistas e gaúchos decidem vaga para a semi da Copa do Brasil na próxima semana, mas se enfrentam pelo Brasileirão nesta quarta, em Porto Alegre

Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Guerrero disputa bola com rival no empate entre Corinthians e Grêmio pela Copa do Brasil
Uma semana antes de decidirem uma vaga na semifinal da Copa do Brasil, Grêmio eCorinthians se encaram no mesmo local e hora da partida decisiva do próximo dia 23. A partida desta quarta, na Arena, em Porto Alegre, às 21h50 (horário de Brasília) vale pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, e vê dois times distanciados por oito posições, 12 pontos e objetivos bem distintos na tabela de classificação.

Enquanto o Tricolor Gaúcho briga pela vice-liderança do certame com o Botafogo e tenta uma última aproximação com o líder Cruzeiro, o Timão tenta se afastar da zona perigosa da tabela e busca uma de suas últimas chances de voltar a brigar por uma vaga na Libertadores. Atualmente, o time do técnico Tite é o 11º colocado, com 37 pontos (11 atrás do G-4 e cinco à frente da zona de rebaixamento).

Apesar de o título da Copa do Brasil estar mais ao alcance do Grêmio que o brasileiro, o Tricolor descarta "tirar o pé" no Brasileirão. A ideia gremista é evitar os erros do ano passado, quando a equipe perdeu a vaga direta para a Libertadores e teve de jogar uma desgastante repescagem em janeiro, contra a LDU, o que mudou todo o planejamento da pré-temporada. A vaga direta, este ano, é certa com o vice-campeonato e provável com o 3º lugar (ocorrerá se nenhum clube brasileiro vencer a Copa Sul-americana).O técnico Renato Gaúcho tem duas opções de esquema para escalar o Tricolor. Sem Kleber, suspenso, e Vargas, lesionado, o time poderá atuar no 3-6-1 ou no 4-2-3-1. Na primeira opção, a equipe jogaria com três volantes (Adriano, Souza e Ramiro) e um articulador, que pode ser Elano, Maxi Rodríguez ou Zé Roberto, com Barcos isolado na frente.
A opção pelo 4-2-3-1 é bem provável. O esquema foi utilizado na derrota para o Criciúma, na quarta passada, mas teve desempenho aprovado por Renato, pois a equipe criou várias chances de gol durante a partida, perdendo por desatenções defensivas. Neste caso, um volante e um zagueiro deixam a equipe (Adriano e Bressan são os mais cotados), e Elano, Maxi e Zé Roberto entram como titulares. O zagueiro Werley, que cumpriu suspensão no empate com o Fluminense, volta à equipe.
Do outro lado, Paulo André e Fábio Santos estão fora por um planejamento da comissão técnica relacionado ao desgaste. Pelo mesmo motivo, Alessandro e Danilo ficarão no banco. Entrarão Cleber, Igor, Diego Macedo e Douglas. A ideia é usar a velocidade de Macedo, Romarinho e Emerson na frente.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Clubes cobram até R$ 200 em ingresso no Brasileirão; veja ranking dos mais caros

Boletins financeiros divulgados pela CBF mostram altos valores cobrados por times da Série A, que priorizam sócios-torcedores, mas também entradas gratuitas em alguns casos


Está caro ir para o estádio assistir a uma partida de futebol no Brasileirão . Divulgados a cada rodada no site oficial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os boletins financeiros dos jogos do campeonato mostram que torcedores podem desembolsar até R$ 200 para acompanhar seu clube em campo.
Confira os preços dos ingressos cobrados pelos 20 clubes da Série A:
Ameaçado pelo rebaixamento, São Paulo baixou o preço de seus ingressos. Valores variam de R$ 10 a R$ 40, mas sócios-torcedores pagam apenas R$ 2. Foto: Site oficial
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Este é o valor cobrado pela diretoria do Criciúma nas cadeiras cobertas do Heriberto Hulse. Não é a única opção, mas a quantia para aqueles que preferirem assistir ao jogo das arquibancadas também é salgada: R$ 100. Recentemente, a equipe criou ainda a possibilidade de que os fãs entrem sem pagar desde que comprem uma camisa oficial que custa R$ 164,90.
Cada clube tem o direito de cobrar o preço que achar justo. Todos os que disputam o Brasileirão têm programas de sócios-torcedores e privilegiam seus membros. No caso do Criciúma, a entrada neste caso cai para R$ 10. Mas o exemplo mais claro é o do Atlético-PR : R$ 10 para sócios e, no mínimo, R$ 120 para os demais. Isso inclui também a torcida visitante.
Alexandre Vidal/Fla Imagem
Flamengo e outros times cariocas têm problemas com proprietários de cadeiras cativas no Maracanã
O São Paulo é uma das raras exceções a esta tendência de encarecimento. Porém, só por causa da ameaça de rebaixamento. Buscando o apoio de sua torcida na briga contra a Série B, a diretoria tricolor reduziu o preço das entradas: vão de R$ 10 a, no máximo, R$ 40. E os sócios desembolsam apenas R$ 2. A medida serviu para aumentar a média de público do time.
No Rio de Janeiro, chama a atenção um fator curioso para a situação do Maracanã. Os proprietários de cadeiras cativas, compradas antes que a administração do estádio fosse para a iniciativa privada, têm direito assegurado pela Justiça de entrar de graça. Pior para Flamengo ,Fluminense e Botafogo , que arcam com o prejuízo – o Vasco manda jogos em São Januário.
Equipe de pior média de público no Brasileirão, a Portuguesa é também a com os preços mais em conta: R$ 10 para associados e de R$ 20 a R$ 40 para torcedores comuns. O Corinthians , por outro lado, mostra que fidelidade por independer de valor alto: sócios do “Fiel Torcedor” pagam R$ 21 e a quantia para a área VIP chega a R$ 180. Mesmo assim, é o time mais leva gente ao estádio.

Aliviado após 2 a 0, Tite agradece apoio e diz que time veste camisa até a morte

Técnico teve apoio da torcida durante a vitória sobre o Bahia e ainda contou com a defesa dos jogadores na má fase do time. O Corinthians não vencia há oito jogos




Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Tite orienta equipe do Corinthians na vitória sobre o Bahia pela 25ª rodada do Brasileirão

O Corinthians venceu o Bahia em Mogi Morim pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro por 2 a 0 e acabou com uma série de oito jogos sem triunfos. Durante o período de baixa, o técnico Tite foi alvo de críticas, mas ganhou a defesa dos jogadores. Na partida da noite de quinta-feira, o treinador teve o nome gritado pela torcida e agradeceu apoio das arquibancadas e do elenco. 

"A torcida soube entender o momento e teve o carinho com o jogador, com o técnico. Tive também o carinho de funcionários, afago, algumas mensagens, e teve o carinho para o jogador também. Foi todo o conjunto da obra que conseguiu reagir", disse Tite, lembrando também de seus atletas: "Não tenho um grupo de puxa-sacos, mas tenho um grupo leal, de coração, que veste a camisa à morte". 

Tite ainda celebrou a boa atuação de sua equipe diante do Bahia. "Toda essa engrenagem nossa já não sentia o gosto fazia tempo", afirmou o gaúcho. "A gente desejava isso antes já, mas o campeonato é cruel."
O clube do Parque São Jorge havia triunfado pela última vez em 1º de setembro, dia no qual completou 103 anos. De lá até o alívio em Mogi Mirim - palco da partida por causa de punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) -, foram cinco derrotas, três empates e só um gol marcado, um gol contra do Goiás.

"Foi duro. Tem que ter uma força interior muito forte. Vai continuar sendo duro, a retomada é o nosso objetivo, mas toda essa sequência não é normal no Corinthians, não é normal em um clube grande. Em alguns jogos, não conseguiu transformar desempenho em resultado. Em outros, mereceu perder", comentou Tite.
Para o comandante, o resultado poderia ter sido até melhor. "Fizemos 60 minutos muito bons. A equipe dez dois gols, poderia ter feito três. Depois, caiu um pouco, o Bahia colocou mais um pivô, mais um marcador no meio e equilibrou um pouco mais, mas sem criar oportunidades. Nossa equipe foi efetiva e associou desempenho e resultado", resumiu. 

Tite, no entanto, voltou a fugir das perguntas sobre a possibilidade de ter pedido demissão no último final de semana. Após a goleada sofrida diante da Portuguesa em Campo Grande, até que Alessandro e Emerson aparecessem para conceder entrevista no lugar do comandante, circulou a informação de que teria sido necessário demovê-lo da ideia de sair.
O técnico repetiu apenas o relato que já havia feito, dizendo ter aceito a sugestão do grupo de protegê-lo. Segundo ele, após a pior das oito partidas seguidas sem vitória, não havia ânimo para refletir. "Era baixar a poeira. Não tinha nem condição de pensar em nada naquele momento."

Corinthians reencontra vitória com volta de Guilherme e marcação adiantada

Volante estava contundido desde agosto e deu novo ritmo ao time no seu retorno com vitória


Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Guilherme voltou depois de quase dois meses afastado por lesão e fez a diferença para o time
Sofrendo com Ibson e Maldonado, Tite não quis esperar muito por Guilherme. Mesmo sem defender o Corinthians havia um mês e meio, com uma rara contusão na coxa corrigida com cirurgia, o volante foi escalado contra o Bahia, na última quarta, e cumpriu um papel importante na primeira vitória do Corinthians em nove partidas.

Melhor na marcação e na distribuição do que os jogadores que ocuparam o espaço em sua ausência, o camisa 19 fez crescer o meio de campo alvinegro. Superando a falta de ritmo, formou boa dupla com o cabeça de área Ralf, entendeu-se com o armador Danilo e ganhou elogios do comandante.

"O Guilherme estava muito bem ajustado ao time quando se machucou. O Ibson ainda não tinha muitos treinamentos quando entrou, e o Maldonado é primeiro volante. O Guilherme já tinha um entrosamento anterior. Por isso, era uma peça importante", afirmou Tite.
A falta de ritmo se tornou um problema maior no segundo tempo. O campo do Romildão, em Mogi Mirim, é mais pesado do que o do Pacaembu, e a marcação adiantada do Corinthians - marca do time em seus melhores momentos, usada novamente no triunfo por 2 a 0 sobre o Bahia - também exigiu bastante.
Guilherme acabou pedindo para ser substituído. No entanto, quando deu lugar a Maldonado, sob muitos aplausos, a vitória já estava construída. "Tivemos agressividade para marcar, de forma leal. Se não dá para ficar, pede para sair. O Guilherme sentiu e pediu, mas foi uma peça importante", elogiou o chefe.