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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Com 22 títulos na carreira, Danilo ainda sonha com seleção: 'Para matar vontade'

Aos 34 anos, meia do Corinthians ostenta currículo vencedor pelos quatro clubes que defendeu, mas nunca foi sequer convocado para a seleção brasileira


Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Danilo em treino do Corinthians: 22 títulos na carreira
Jogadores com poder de decisão e trajetória vencedora têm portas abertas em qualquer seleção do mundo. A regra informal do futebol, porém, não serviu para Danilo. Com 34 anos, o meia acumula atuações marcantes em clássicos e conquistas. Ao levantar como capitão do Corinthians o troféu da Recopa Sul-Americana, no dia 17 de julho, ele chegou a 22 títulos na carreira - são 18 neste século (a partir de 2001), mais do que qualquer clube brasileiro no mesmo período. Entre os jogadores em atividade no país, apenas Rogério Ceni e Seedorf ganharam mais torneios (ambos com 28). Mesmo assim, nunca sequer foi convocado para defender o Brasil. Como explicar isso?

"Na posição em que jogo é muito difícil. Tem muito jogador bom e que joga na Europa. Tem a ver com isso aí. Mas isso tem a ver com treinador também. De o treinador gostar do estilo de jogo. Acho que é mais por aí", tentou explicar Danilo ao iG Esporte após um treino do Corinthians na última quinta-feira.
A rotina de comemorar títulos compensa a ausência de integrar a seleção brasileira, assegura Danilo. Isso não significa que uma convocação não seria festejada. Ao estilo Danilo, claro, de forma serena, tranquila, sem muito alarde. "Lógico que se eu tivesse essa oportunidade ia ser bom. Se parasse de jogar bola hoje o que vai ficar faltando na carreira é isso, né? Nem que fosse um joguinho só para matar essa vontade", contou o jogador, com apenas quatro clubes no currículo - além do Corinthians, jogou por Goiás, São Paulo e Kashima Antlers (JAP). "Mas é como falei. O Brasil tem muito jogador bom, de qualidade. E é gosto do treinador. Convoca quem ele gosta", completou.

Apesar de veterano, tempo não será problema caso Luiz Felipe Scolari queira lhe dar uma oportunidade. Danilo tem contrato até julho de 2014 com o Corinthians e não faz planos para se aposentar. Gilmar Rinaldi, agente do jogador, já discute com o clube a extensão do vínculo. "Futebol você tem de jogar enquanto estiver bem. E hoje me sinto muito bem. Fisicamente, que é o principal. Estou no futebol há um tempo, tenho certa experiência, mas o que vale mesmo é fisicamente e vou até quando me sentir bem."
Mas apesar de não negar uma possível lembrança, Danilo acredita que seu tempo já passou, mesmo sendo titular e capitão de uma grande equipe e atuando no Brasil, onde os veteranos têm se destacado nas competições - casos de Alex, Forlán, Seedorf e Zé Roberto, entre outros. "Na época em que jogava pelo São Paulo eu estava num momento muito bom, cheguei até a ser cogitado. Eu era mais novo, estava muito bem, mas acabou que não tive oportunidade. Agora é mais difícil ainda. Tenho 34 anos já. Teve uma reformulação, jogadores novos chegando... Eu tenho é que fazer meu trabalho aqui (no Corinthians) sem me importar se vou ser chamado ou não."
Evolução na Ásia
Danilo também seguiu na contramão dos jogadores que se destacam por grandes clubes na hora de buscar uma experiência fora do país. Após ser campeão paulista, da Libertadores e do Mundial pelo São Paulo em 2005, o meia não chamou a atenção da Europa e acabou aceitando uma proposta do Kashima Antlers. Foi na Ásia que, segundo ele, seu estilo de jogo evoluiu: "Um futebol muito rápido, isso me ajudou bastante, não tinha muito poder de marcação e lá você tem de marcar o tempo todo. E isso acabou me ajudando bastante quando vim para cá. Mais ou menos da forma como a gente joga aqui. Joga todo mundo adiantando, marcando. Fiquei três anos lá e me adaptei jogando assim", garantiu o meia, que foi tricampeão japonês. "(Ir para o Japão) Nem foi muito pela independência (financeira), mas pelo futebol mesmo, de morar fora, outra cultura. Foi uma oportunidade que apareceu para mim naquele momento ali e acabei optando. Graças a Deus fui muito feliz lá também."
Na seleção ou não, o Corinthians precisará da estrela de Danilo para melhorar sua posição no Campeonato Brasileiro. Após nove rodadas, é o 11º colocado, com 11 pontos. Nesta quarta-feira, o adversário é o Grêmio, no Pacaembu.

Sem marcar no Pacaembu há três jogos, Corinthians tenta evitar recorde negativo

Time de Tite tem pior ataque do Brasileirão e não fez gols em seus últimos três compromissos como mandante pelo campeonato. Última vez que isso aconteceu foi em 2006


Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Guerrero ainda não marcou no Brasileirão. Pato, seu reserva, fez três (nas três foi titular)
O Corinthians tem o pior ataque do Campeonato Brasileiro de 2013 e não marca um gol como mandante há três jogos do torneio (Portuguesa, Atlético-MG e São Paulo). Esta é a pior sequência do clube na história do Brasileirão jogando no Pacaembu e iguala marca de 2006, quando fez três jogos como mandante no Morumbi.

Se não marcar contra o Grêmio nesta quarta-feira, no Pacaembu, o clube vai superar a série em branco nos jogos da 7ª, 9ª e 10ª rodada do Brasileirão de 2006 quando mandou seus jogos contra Internacional (0 a 1), Goiás (0 a 1) e Flamengo (0 a 2) no estádio são-paulino. 
Tite se recusa a apontar problemas no seu ataque. E é impreciso quando avalia o retrospecto recente da equipe "Acabamos não marcando no clássico. Nos três jogos antes, a gente tinha feito cinco gols", disse Tite após o 0 a 0 contra o São Paulo . Na verdade, os gols do Corinthians aconteceram nos jogos contra Bahia (2 x 0), Atlético-MG (0 x 1) São Paulo (2 x 0 - pela Recopa) e Atlético-PR (1 x 1) - portanto, quatro partidas - que o Corinthians fez cinco gols.
Desde a primeira edição do Campeonato Brasileiro, em 1971, o Corinthians ficou sem marcar como mandante mais de três vezes (a marca atual) em 13 edições. Apenas em 2006, como citado anteriormente, essa marca aconteceu em três partidas seguidas como agora. Mas nunca em quatro jogos, um risco que o time corre contra o Grêmio. 
Wagner Carmo/Inovafoto/Gazeta Press
Emerson Sheik tem apenas quatro gols no ano

Entre os jogadores do Corinthians, a maior concorrência por um lugar no time está no ataque. Do meio para frente, Tite oito opções para quatro vagas: Romarinho, Danilo, Emerson, Guerrero, Renato Augusto, Alexandre Pato, Douglas e Ibson. Destes, apenas Pato (três gols) e Emerson (um) marcaram no Brasileiro. Os volantes Guilherme e Paulinho (que nem está mais no clube), marcaram os outros dois.
No Brasileiro, o aproveitamento corintiano em casa é de 40% com uma vitória em cinco jogos. Venceu um jogo, empatou três e perdeu um.
Tite não deve fazer mudanças dos seus titulares para o jogo desta quarta-feira. Pelos treinos de terça, vai escalar Emerson e Guerrero no ataque. O peruano é o artilheiro do time no ano (foram 13 gols), mas não vem bem. Ainda assim, Tite prefere dar crédito ao herói do Mundial.
A única alteração em relação ao time que empatou sem gols com o São Paulo está na lateral-esquerda. Fábio Santos, suspenso, dará lugar a Igor. O time que tentará evitar um recorde negativo para o time de Tite será formado por Cássio, Edenilson, Gil, Paulo André e Igor; Ralf e Guilherme; Danilo, Romarinho, e Emerson; Guerrero.


segunda-feira, 29 de julho de 2013



Campeonato Brasileiro - Série A

classificaçãoPJVEDGPGCSG%
1Cruzeiro1895312281466%
2Internacional18105321815360%
3Botafogo179522138562%
4Coritiba179450128462%
5Bahia16104421010053%
6Vitória159432149555%
7Grêmio159432118355%
8Vasco1394141417-348%
9Santos1293331210244%
10Goiás129333812-444%
11Corinthians11925265140%
12Ponte Preta108314910-141%
13Atlético-MG108314811-341%
14Criciúma1093151217-537%
15Flamengo10924399037%
16Atlético-PR1092431617-137%
17Fluminense993061215-333%
18São Paulo9112361114-327%
19Náutico79216716-925%
20Portuguesa791441015-525%
LibertadoresRebaixados
  • pontos
  • jogos
  • vitórias
  • empates
  • derrotas
  • GP gols pró
  • GC gols contra
  • SG saldo de gols
  • (%) aproveitamento