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quinta-feira, 27 de junho de 2013

De desconhecido a herói: a mudança radical que levou Paulinho à seleção

Em pouco mais de três anos, volante estreou pelo Corinthians em eliminação na Copa Libertadores, superou desconfiança e virou ídolo com gols decisivos

Getty Images
Paulinho comemora o gol em cima do Uruguai, que garantiu o Brasil na decisão
Se a primeira impressão é a que fica, Paulinhotinha tudo para fazer uma passagem sem brilho pelo Corinthians. Desconhecido, chegou do Bragantino e estreou "na fogueira": no jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores de 2010, contra o Flamengo, no Pacaembu. Entrou aos 32 minutos do segundo tempo, no lugar de Alessandro, e apesar do pouco tempo não chamou atenção. Mesmo com a vitória por 2 a 1, viu a equipe ser eliminada da competição.
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A chance para superar a desconfiança veio em 2011. Com a saída de Elias, negociado com o Atlético de Madrid, Paulinho virou titular do meio de campo, e quando ainda se firmava sofreu com outra decepção: a surpreendente queda para o Tolima na fase preliminar da Libertadores. Passa pelo pé do volante, no entanto, boa parcela de contribuição para a guinada do Corinthians desde então, ganhando Brasileirão (2011), a inédita taça da Copa Libertadores (2012), o Mundial de Clubes (2012) e o Paulistão (2013). 

Em 167 jogos pela Corinthians, Paulinho marcou 34 gols, alguns deles decisivos, garantindo triunfos ou evitando derrotas nos instantes finais. O mais importante saiu diante do Vasco, pela quartas de final da Libertadores de 2012, no Pacaembu, aos 42 minutos do segundo tempo, escorando de cabeça uma cobrança de escanteio, da mesma forma como colocou o Brasil na final da Copa das Confederações , fechando em 2 a 1 a vitória diante do Uruguai , no Mineirão.
Ricardo Moraes/Reuters
Felipão abraça Paulinho após a vitória diante do Uruguai
Apesar de ser adepto aos esquemas mais cautelosos, o técnico Luiz Felipe Scolari percebeu que não poderia abrir mão do potencial decisivo que Paulinho tem, demonstrado, por exemplo, no amistoso com a Inglaterra, em 2 de junho, no Maracanã, quando o volante, mais livre para atacar, marcou o segundo gol no empate em 2 a 2. Na Copa das Confederações, Felipão deixa Luiz Gustavo mais fixo para proteger a zaga e deixar o jogador do Corinthians (e próximo de reforçar o Tottenham, da Inglaterra) se aproximar dos atacantes.
A postura tática, inclusive, contraria uma frase do próprio treinador, dita em abril, de que volante goleador "só é bonito para a imprensa". Para sorte do Brasil, Paulinho foi mais uma vez artilheiro. Na segunda era Scolari na seleção, ele contabiliza três gols, e só marcou menos vezes do que Neymar (seis) e Fred (sete). "Eu me sinto iluminado por jogar pela seleção neste momento da minha carreira. O grupo está em formação e já conseguiu chegar à uma final. Isso é gratificante", avaliou o jogador após a partida de quarta-feira, em  Belo Horizonte.


Seja contra Espanha ou Itália na final da Copa das Confederações. ter em campo alguém com a aptidão de Paulinho em ser decisivo pode fazer a diferença.

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